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5 de março de 2009

sopra o vento


Sopra vento. O meu cabelo de forma rebelde parece que se quer ir embora da minha cabeça. Lhe tento segurar com ambas mãos. Em vão. A areia mais fina da praia vem direita a mim como que a não querer que eu veja o meu mar. Lhe viro as costas como que a pensar numa melhor estratégia para o poder admirar. Apenas ouço o musicar das suas ondas batidas nas areias grossas que persistem em ficar. Hoje me sinto um analfabeto de alma voltada à vida azul do mar, um impresente acabado do silêncio visual.
Sopra o vento como que a querer que eu dê partida deste meu poiso de admiração.
Ouço o mar e sinto ao longe a melodia duma kianda. Tão longe que eu, com este vento e esta luta para me equilibrar, já não consigo saber se é um chamamento ou mesmo só um ambiente de doçura que me imagino na alma, no coração e na vontade de me iluminar quando me sinto apagado.
Sopra vento e não é de doçura.
Já não sei onde pára o meu cabelo revoltado, já não sei como abrir os olhos e azulmente ouvir o mar. Sinto só que sopra vento e não é bom dia para ver o mar.


Sanzalando

3 comentários:

  1. ..."sopra vento e não é bom dia para ver o mar "...

    então , lhe cheira e lhe ouve só o chamamento .


    Abraço

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  2. estava muito vento, de facto, mas nunca me passaria pela cabeça que as vozes das kiandas chegassem tão longe. tão bem e tão forte que elas cantaram, todas as oito. sara tavares, romi, anastacia, celina, marga, teresa, andreia e luanda cozetti. foi terça à noite no ondajazz, "o canto das sereias". arrepiei-me. beijo.

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  3. Cuando sopla el viento por noreste
    donde en mi isla silba ese viento,
    después ya reggresa el sol.
    Que cosas más bonitas escribes

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