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11 de junho de 2011

porque me chora alma?

Sentei-me debaixo dum pôr de sol e desatei a tentar responder a uma pergunta que me fizeram:
- porque te chora tanto a alma?
em vão conseguia responder. Ou me faltaram as palavras ou uma resposta filosófica carregada de erudição, daquelas que mostra citação do citador que citou um qualquer outro. Mas para mim a resposta imediata também não saia. Um estado de espírito irrequieto? Será? Uma falha no sistema integrado das abcissas que carregam às costas as hipotenusas que levam com os catetos e ainda por cima integram num qualquer pi quadrado duma outra aritmética da vida.
Afinal de contas porque tanto me chora a alma? Nostalgia? Saudade? Estado de espírito sistemático do esquema esquelético?
Nem debaixo dum pôr de sol com sabor a terra molhada eu consigo hoje responder. Me falta a dialéctica esquemática dum orador que não chorasse a dor da saudade.
Olhei para as minhas mãos e suadas as vi. Ansiedade? Apenas não sabia uma resposta pelo que não era caso para tanto. 
Deixei cair o sol atrás do se pôr e continuei a pensar. Desisti já era noite, enxuguei as lágrimas da alma e para longe atirei o lenço. Acho ele ainda voa ao sabor do vento que sopra desde norte.

Sanzalando

2 comentários:

  1. Matemática, não, poeta.
    Nem que apele aos céus, desconsigo entender o que quer dizer. Cada palavrão maior que o outro, pior que eu a dizer asneiras que só eu oiço e percebo.
    Mas que escreveu bonito, escreveu, sim.
    Beijos

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  2. Tás um verdadeiro Pitágoras...
    SJB

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