Olho-me no espelho e encontro contradições. Observo os meus olhos e relembro-me dos tempos que tinham ainda brilho, enquanto agora reluz uma baça desilusão com um tempero de decepção e uma leve decoração de agonia.
Perdido nestes pensamentos desnorteados se calhar deixo escapar uma lágrima já que sinto um certo sabor salgado no canto da boca. Não a vejo porque sem óculos não consigo ver para além de mim.
Apago a luz e na calada escuridão vou-me observando sempre com os olhos num amanhã que tenha rumo, norte virado para sul, páginas escritas num destino que penso estar vazio. Por agora ponho-me um letreiro que diga coração encerrado para obras.
Sanzalando
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