Agarrei num amontoado de palavras. Todas as que não tinha usado neste ano que termina e resolvi escrever uma carta, a última carta ao ano.
O que seria hoje se eu tivesse dado uma chance de fazer as coisas que me tinha proposto fazer? É um pensamento triste porque estaria mais feliz do que estou agora. Não estou infeliz. Só que havia um jeito de estar melhor. Acobardei-me, senti remorsos e adiei.
Poderia estar louco de alegria, cansado fisicamente e torturado mentalmente. Mas feliz. Mais feliz ainda.
Eu tenho um jeito especial de estragar os meus sonhos. Quando penso onde posso chegar começo a perceber que não é por aí que quero ir.
Assim sendo, com o resto das palavras deste ano queria escrever que tenho um sentimento arrebatador, um reconfortante afago, uma paixão enlouquecida. Tenho paz e sou feliz quando podia ser mais feliz.
Com as últimas palavras deste ano prometo por-me em linha da linha certa da vida , sem medos, sem remorsos e sorrindo caminhando para o meu futuro, esteja ele em que estação ou apeadeiro estiver.
Se não der certo outra vez... prometo recomeçar do zero tantas vezes quantas as necessárias.
Te juro, futuro, que não caio sem conseguir!
Sanzalando
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