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21 de dezembro de 2012

Palavras rasuradas de amor

Palavras riscadas, palavras rasgadas, rasuradas, emendadas., gafanhotos rabiscados de difícil interpretação, auxiliam-me a pensar o meu estado de graça caído na desgraça de não ter graça e querer ser engraçado. Quem foi que disse que o amor tinha graça. O amor não é um filme em que eu digo acção, corta, vamos lá outra vez, os protagonistas sofrem mas o director da fotografia dá um tom angelical à cena pretendida e o filme é o que eu quero. No estado de graça real a gente leva pancada e se se fica bem olha à volta e passou perto de precipício do abismo perfeito. Não há cenas em câmara lenta, não há olhares coincidentes por acaso, toques subtis que surgem do nada e modificam toda a trama, todo o enredo, toda a melodramatologia. Na vida real a gente esconde o olhar com medo que o outro nos leia até à alma. O amor mesmo, não vem embrulhado em papel de festa mesmo que te deixe tonto, e deixa-te noites sem dormir e crise de ciumes de nada e tudo intercalado no meio de amor ódio. É aquele amor de amar tanto que deixa até agente com raiva.



Sanzalando

1 comentário:

  1. Algo acontece...
    Tentar fazer um bolo perfeito, desejamos acima de tudo que se possa comer...ao som da música da nossa terra.
    Estamos juntos e vivos!...

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