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27 de abril de 2013

adeus saudade

Já vagabundei-me pelo zulmarinho, já me despenteei no vento sueste que me enlouquece, como todo o sueste altera todas as almas, já parti palavras, gaguejei, tentei cantar versos sem rima e sem nexos e desconsegui saber como me sinto hoje.
Estranho mesmo. Assim como que embrulhado em nostalgia, assim numa saudade que não sei se alguma vez vivi ou viverei.
Eu podia dizer que a vida está óptima, mas tem alguma coisa hoje que me faz calema nos pensamentos, que me perturba a alma, sem ser o vento sueste. Hoje senti vontade de ter uma roda de gente, de tomar café com gente, de falar com gente. Enfim, hoje senti saudade nem sei de quê.
Já vagabundei palavras certas e sei que daqui a pouco se dissolverão nos ponteiros do relógio como todas as palavras que soletrei em apertados abraços.
Adeus saudade, até um dia!


Sanzalando

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