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19 de abril de 2013

Rascunhando letras

Dou comigo a caminhar por dentro do zulmarinho que me refresca a alma. Ele parece chão a se estender desde aqui até lá no lugar que tenho no coração. Neste caminhar dou comigo a sonhar sonhos que não sei se algum dia sonhei em voz alta ou foi só mesmo na fantasia deste momento. 
Eu sei que quando era criança eu queria ser gente grande. Agora eu sou grande e queria ser criança. Daí pensei que qualquer flor quer ser borboleta colorida e sair por aí voando a favor do vento. Dai pensei que qualquer grade deve quer ser de papel para deixar passar quem quer. Qualquer hoje queria ser ontem. Qualquer amanhã quer esquecer tudo e fica com inveja do nada que não tem nada.
Com os pés gelados dou comigo a imaginar que se tudo fosse o quereria ser, até a tristeza quereria ser alegria, a distância quereria ser um ponto e saudade não ser mais que um abraço.



Sanzalando

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