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30 de abril de 2013

sem tino e sem tempo

Deambulo vagueando por caminhos mais que pisados, por estradas mais que gastas e por almas mais que penadas, como quem não sabe por onde vai. 
O zulmarinho deve ter pica pica, o céu tem vento e cai chuva, a casa tem frestas e entra frio. Vou fazer mesmo mais o quê? 
Olha vou dar ordem para parar o tempo! Já sei que não sou original. Todo o mundo quer parar o tempo. Uns, porque é de alegria e, outros, é porque estão cansados de sofrer. Mas todos acabamos por construir as mesmas coisas, as mesmas alegorias adultas de gente séria, assim como filhos, dizer sempre a verdade e não mais que a verdade, ser padrão e sonhar com a casa com piscina que nem a do vizinho, ganhar dinheiro, crescer barriga e quem sabe sofrer de diabetes ou tensão alta. 
Se chega mais adulto quase velho que nem idoso e já tem outra vez autoridade para fazer críticas, deixar cair palavrões que nem gente sem tino, ter pensamentos de homem livre e de repente vem a dona da casa de repouso e acorda a gente porque está na hora de mudar a fralda.

Sanzalando

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