Caminho em passo curto, um pouco corado, não de cansaço nem de medo, apenas de espanto e surpreendido. Sigo em direcção a lado nenhum, no meu passo desapressado, despreocupado e escondendo a cara enquanto vou imaginando que deveria haver dias que não tivessem fim e sonhos que não desaparecerem nos primeiros raios da alvorada, que a felicidade não deveria ser nenhum embrulho escondendo o pó das estantes da memória e o tempo não fosse carrasco de amores perfeitos.
Sigo escondendo a cara, puto reguila de outrora, sigo imaginando que deveria ser fantástico viver no mundo da fantasia e não no mundo real, não como naufrago agarrado a um destroço com esperança de um dia chegar a um lugar.
Sanzalando
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