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30 de abril de 2019
29 de abril de 2019
dançar
Brilha o sol com o brilho quente que me faz lembrar outras terras e outros tempos. Sim, sim. Ainda estou de calções e sandálias, como estava nesses tempos, porém sei mais hoje do nesses tempos e o conhecimento pesa um pouco mais, me diz a balança, fazendo-me esquecido de pança. Nesse tempo eu não sabia que era dia da dança. Hoje todos me dizem, mesmo sabendo que eu não sei dançar porque sempre morei numa rua que ou descia ou subia, e por aí me fiquei.
Mas brilha o sol de primavera quente que nem o de verão. Põe brisa em forma de vento e lá estamos a olhar a dança das ondas do mar, num balançar assimétrico que me embala os pensamentos.
Vou dançar com a vida, volto já.
28 de abril de 2019
vento leste ou sueste
Faz sol de primavera. Acho a minha avó ia dizer que está leste. A cabeça das pessoas avariam com o vento leste. Os mosquitos picam mais quando está leste. Eu fico a leste disto tudo.
Faz dia quente e noite fria. Está leste ou só brisa de sueste. Esta primavera me vira ao contrário e por isso eu só abro a boca quando o que tenho para dizer é mais importante que o silêncio; quando o amanhã não chega por antecipação e o vento não me leva as ideias.
É de leste ou sueste.
E tu que já me leste, baralhaste-te como eu. É só vento lá fora e não sei por onde é que sopra.
Sanzalando
27 de abril de 2019
26 de abril de 2019
não me digas
Não me digas que por causa do vento eu não posso dizer-te ao ouvido que te gosto.
Não me digas que não suportas que eu te ouça respirar.
Não me digas que não posso sentir os teus lábios com os meus.
Não me digas que não te posso acariciar, olhar-te e admirar-te.
Não digas nada, deixa-me apenas cantar uma balada de amor como sei: em silêncio!
Não me digas que não suportas que eu te ouça respirar.
Não me digas que não posso sentir os teus lábios com os meus.
Não me digas que não te posso acariciar, olhar-te e admirar-te.
Não digas nada, deixa-me apenas cantar uma balada de amor como sei: em silêncio!
Sanzalando
25 de abril de 2019
25 de abril
Desde madrugada parece melhorou o tempo. Foi na madrugada de 25 que mudou o tempo. E desde esse tempo existe a ladainha boa e a má. Uns que ganharam e outros que perderam. Parece até amor desamando-se. Tem uns que cantam e outros que vêem o tempo passar, dormindo no passado. Tem uns que se floram e dão vivas, outros vestem-se de lágrimas ganhando distância dos dias de hoje. Não tem madrugada de unanimidade. Não tem espelho que mostre com matemáticos cálculos se existe dia mais lindo que a madrugada deste dia ou se foi dia que esqueceu de amanhecer..
Viva o 25 de Abril
Sanzalando
24 de abril de 2019
chuva de primavera
Deixei o meu corpo molhar-se nessa chuva que teima em cair nos intervalos de sol. Instável primavera que não brilha aos meus olhos como dia de claridade máxima.
Nesta molha que me diverte, dou comigo a pensar que quem vive em luta constante consigo mesmo parece que vai dentro de carro desgovernado na descida íngreme da vida, com pensamentos aos milhões sobrepondo-se à força física de fazer nada. Ué, esforço físico não decomplica o mental, a ansiedade bate no sino, toca o alarme, primeiro intermitente e depois continuamente que até parece que os vizinhos do lado lhe olham com espanto e não lhe vêem. O coração acelera, as mãos transpiram e o relógio da vida parece que adiantou. Ansiedade instalada.
Respiro fundo e no meio da molha olho-me a ver se me seco. Olhar não seca mas me diverte. Continuo a meditar e vejo que nessa luta constante com o próprio verifico que o próprio é maior que os seus pensamentos, as suas partes e apartes. Governado o carro, governa a vida, o corpo e a alma.
E eu me molho nesta chuva de primavera
Respiro fundo e no meio da molha olho-me a ver se me seco. Olhar não seca mas me diverte. Continuo a meditar e vejo que nessa luta constante com o próprio verifico que o próprio é maior que os seus pensamentos, as suas partes e apartes. Governado o carro, governa a vida, o corpo e a alma.
E eu me molho nesta chuva de primavera
Sanzalando
23 de abril de 2019
primavera, bera
Outra vez primavera a valer. Mesmo dia e várias estações. Se fosse comboio ainda ia ter apeadeiros. Não tem comboio mas tem chuva, vento e frio e de vez em quando faz sol. Como é que é que a minha cabeça vai aguentar este tempo tanto tempo. Meditando? Mendigando? Me deitando sobre o assunto? Enfim, opto por ir ver o zulmarinho, respirar maresia e sonambular com o marulhar.
E dou comigo a dizer que é parvo se ocupar o tempo no extremo para esquecer a dor, a lágrima ou a saudade. O que é que quer que seja. Acho isso é guardar na baú para mais tarde ir buscar. Custar na vida é um direito. Ser forte é conseguir seguir em frente, renovado e maduro. Não me vale parar para sofrer nem fingir que o mundo é coloridamente alegre toda a hora. Forte mesmo é lhe aguentar, fazer o que há para fazer, não esquecer ou fingir. É o meio de pagar a ruindade envolvente e depois de bem pago, surpreendentemente, o amanhã melhor chega.
É o que me dá ver o mar em dia de primavera quando ela está bera.
Sanzalando
21 de abril de 2019
faz sol
Soleirou que até parece preciso óculos para abrir os olhos. Faz vento que me fecham os olhos para eu não ver o dia solarengo. Falta chover para eu não ver o brilhante dia de sol que faz. Mas neste momento de sol o que eu queria mesmo era olhar nos olhos, ouvir-te respirar e sentir um abraço apertado.
Quando faz sol eu brilho dentro de mim. Sinto-o
20 de abril de 2019
e as outras
Nem sol, nem chuva nem vento. Nada que um meteorologista convincente consiga descrever com parcas palavras. É primavera e a tia, mãe dela, ainda não lhe percebeu. Já lhe telefonei, já mandei mensagens, já escrevi e-mail. Desconsegui por completo perceber a prima, mesmo nas palavras da tia. Visto casaco, tenho calor. Visto gabardine, não chove. Visto alsa e tenho frio e chove. Desconsegui perceber esta prima. Não me lembro das outras anateriores. Como é que as outras foram?
Vou vagabundear pensamentos ao deus dará e logo se verá.
Sanzalando
19 de abril de 2019
18 de abril de 2019
17 de abril de 2019
Chove em tempo de primavera
Chove em tempo de primavera. O céu cinzento tenta enegrecer o zulmarinho que revoltado se atira com estrondo na areia da praia que até parece lhe quer acabar. Eu, aqui sentado, deixando os pensamentos desaguarem nessas águas de chuva e mar que me encharcam por mais abrigado que pareça estar.
Se eu pudesse tatuar o pensamento eu o ia fazer com muitas palavras para não me esquecer com o escorregar dele na minha vida. É, com o tempo, eu me vou lembrar de ser criança e esquecer de viver o hoje assim como ele está? Eu me vou lembrar as vezes que esfolei o joelho e esquecer onde está o livro que estou a ler? Não! Vou escrever tudo esse no pensamento como se fosse um tatuador.
Chove em tempo de primavera e eu sorrio pensamentos devagar enquanto me apetecer meditar nas ondas desse mar que está revoltado parece se zangou.
É, nesses dias assim eu falo de alma e pensamento com o coração porque tudo pode mudar num piscar de olhos que a gente nem tem tempo de olhar.
Sanzalando
16 de abril de 2019
hoje acordou sol
E hoje acordou sol. É, ele nasce todos os dias desde os tempos de que alguém lhe inventou. Faz chuva ou faz sol ele nasce. Tem boletim anual a dizer a que horas ele nasce, todos os dias da vida dele. E ele hoje acordou sem nuvens a lhe esconder. Ele hoje me deu a luz para eu ver sem ter que esforçar o olho nem usar casaco para me pesar nos ombros. É assim eu gostava ele nascesse todos os dias, como nasço quando eu acordo todos os dias.
Bem, eu não gosto de falar de mim, nem directa nem indirectamente porque eu estou em tudo o que eu vejo. Por isso vejo. Hoje vejo sol e sinto-o. Deixei bem claro que claro está o dia e por isso espalho a todos os cantos do mundo. O sol não precisa da minha companhia, mas a companhia dele alegra ainda mais o meu dia. Eu acho fui feito a energia solar. Modo artesanal de ver o meu nascimento. Com ele eu não confundo os meus sentimentos, vejo-os claríssimos que até parece é dia de sol de verão.
Sanzalando
15 de abril de 2019
azul de mar
Virei sandes de tempo. Agora está sol como a seguir está a chover, diria o poeta. Faz frio e calor. Angústia e ansiedade, alegria e felicidade. Onde é que é que me dorme o coração? Estes acordados sonhos que gastam os minutos serão repatriados quando chegar a hora? Onde será que ando? Onde será que danço a minha música ao ritmo de esperança?
Com este tempo tipo sandes onde será que o meu coração vai, se diverte e se distrai?
Ó Zulmarinho sereno vê lá se me deixas descansar desta ansiedade no teu azul de mar. Deixa só eu chegar à linha recta que é curva e espreitar para as bandas de lá.
Sanzalando
14 de abril de 2019
13 de abril de 2019
12 de abril de 2019
Nem eu nem a primavera.
E num ápice se fez sol. Chove, venta e num ápice se acorda banhado de sol a toda a volta. Até que parece foi milagre dos deuses e seus afilhados. É que estava a ficar difícil tirar um sorriso aos meus lábios de tanto vento banhados. A primavera não era assim que os livros me ensinaram. Tinha dias ruis e outros também não. Agora todos estava a fartar... mas o que me faz valer é que eu sorrio sempre nem que seja em cara de foto panorâmica.
Eu me desculpo mas não lamento. É, eu sou humano mesmo que ás vezes tem gente que não concorde, assim como tem tempo que o tempo não é o que era.
O tempo é egoísta e faz coisas dele só para me irritar ou fazer que o meu sorriso não tenha sempre o mesmo brilho. Coisas do tempo. Não vou estar para aqui a lamentar o tempo da minha vida quando eu era uma criança, que não tinha essa coisa das quatro estações e tinha apenas uma estação e alguns apeadeiros pelo caminho que podia tudo ser no mesmo dia que eu não me importava.
Na verdade eu não me lamento nem lamento existir. Nem eu nem a primavera. Ambos temos os nossos dias.
Sanzalando
11 de abril de 2019
9 de abril de 2019
primaverilmente desiludido
Me envolvo no vento e rodopio como fazia nos remoinhos do meu mar lá para os lados do sul. Na primavera eu volto a ser criança, mesmo com as articulações e reflexos a não terem o fulgor daqueles tempos carregados de impossiveis.
Assim, tunicado de vento eu armado em ermita do alto da minha falésia, subida na inspiração e mantida com a transpiração dos pensamentos, me deixo levar em ondas curtas, médias ou de frequências inconstantes.
Para mim as surpresas da vida são a melhor parte dela. As pessoas incríveis que conheci, as que me desiludiram, as que me sorrindo me xingaram, as que sonsamente se divertiram com punhais de alma e contratempos de contragostos, são as que mais satisfação me dão. As outras são as pessoas normais da vida, as que fazem parte da minha vida e ela não seria assim, alegre e feliz. Aquelas não, são bestiais até à faca mortal, sorriem até ao choro, são jovens até se lhes ver as rugas de alma panada em farinha de ignorância e pão amassado pelo desespero de serem grandes na sua pequenês.
Me envolvo no vento como uma túnica vestida, mero detalhe da minha nudez de vida, transparência de consistência, verdade de realmente, e caminho por entre riscos e rabiscos, reconhecendo limites, imperfeições e incoerências próprias da minha mortalidade imortal, porque humano sou.
Mero detalhe de idade com anseios focados na perfeição, na linha recta da do esforço. Eu sonhador perfeito, me deleito nas impurezas humanas, nas fraquezas humanas e vivo assim satisfeito, admirando as pessoas incríveis que não sabem onde vivem e por que o fazem.
Sanzalando
7 de abril de 2019
6 de abril de 2019
5 de abril de 2019
4 de abril de 2019
manequim à solta
Sopra vento que nem no meu deserto de lembranças passadas. Abrigado, junto no zulmarinho medito como fosse um ermita sem religião, credo ou nação. Medito apenasmente para me encontrar, uma vez que se eu estiver onde sei que estou o resto é mais fácil ver, sentir e viver. Não preciso investir-me em montra de virtude, beleza ou qualidades, não preciso de ver-me manequim porque isso tem montes no por aí à solta que se agride na alma, que cai que nem gotas dum conta-gostas e quando abre a boca parece foi terramoto cultural que se afundou.
Sopra vento de areia fina por este lugar ermo onde medito em mim. Não me importo que o dia seja pesado, grande ou difícil, desde que a minha alegria esteja em mim. Às vezes posso ficar triste, mesmo sem saber porquê, mas eu sorrio e dou a volta na volta da alegria e felicidade. E o meu sorriso não é automático nem paisagem. É real, como real é a minha vida feita por mim fantasia.
Sopra vento que nem no meu deserto de lembranças passadas e é primavera por cá.
Sanzalando
3 de abril de 2019
O que me chateia mesmo é que me despenteia
Brilha sol ao sabor do vento e eu sentado na areia me protejo fechando os olhos. Tem areia parece pica pica de encontro a mim. Tem tempo parece é raiva de eu existir só assim sentado a pensar. É o meu modo adverso de pensar o mundo, é a minha prosa de descrever o presente e futuro levando docemente o passado comigo, é não gostar de magoar dizendo o que penso, como eu quero e posso. Eu podia contar estórias de estória inventada, eu podia descrever o céu azul sendo ele cinzento, eu podia pintar o mar de tantas cores como a íris de uns olhos quaisquer. Eu podia fazer tanta coisa que só faço o que quero como eu gosto.
Brilha o sol contra o vento. Sopra vento e faz sol. O que me chateia mesmo é que me despenteia.
Sanzalando
2 de abril de 2019
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