Chove em tempo de primavera. O céu cinzento tenta enegrecer o zulmarinho que revoltado se atira com estrondo na areia da praia que até parece lhe quer acabar. Eu, aqui sentado, deixando os pensamentos desaguarem nessas águas de chuva e mar que me encharcam por mais abrigado que pareça estar.
Se eu pudesse tatuar o pensamento eu o ia fazer com muitas palavras para não me esquecer com o escorregar dele na minha vida. É, com o tempo, eu me vou lembrar de ser criança e esquecer de viver o hoje assim como ele está? Eu me vou lembrar as vezes que esfolei o joelho e esquecer onde está o livro que estou a ler? Não! Vou escrever tudo esse no pensamento como se fosse um tatuador.
Chove em tempo de primavera e eu sorrio pensamentos devagar enquanto me apetecer meditar nas ondas desse mar que está revoltado parece se zangou.
É, nesses dias assim eu falo de alma e pensamento com o coração porque tudo pode mudar num piscar de olhos que a gente nem tem tempo de olhar.
Sanzalando
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