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4 de abril de 2019

manequim à solta

Sopra vento que nem no meu deserto de lembranças passadas. Abrigado, junto no zulmarinho medito como fosse um ermita sem religião, credo ou nação. Medito apenasmente para me encontrar, uma vez que se eu estiver onde sei que estou o resto é mais fácil ver, sentir e viver. Não preciso investir-me em montra de virtude, beleza ou qualidades, não preciso de ver-me manequim porque isso tem montes no por aí à solta que se agride na alma, que cai que nem gotas dum conta-gostas e quando abre a boca parece foi terramoto cultural que se afundou.
Sopra vento de areia fina por este lugar ermo onde medito em mim. Não me importo que o dia seja pesado, grande ou difícil, desde que a minha alegria esteja em mim. Às vezes posso ficar triste, mesmo sem saber porquê, mas eu sorrio e dou a volta na volta da alegria e felicidade. E o meu sorriso não é automático nem paisagem. É real, como real é a minha vida feita por mim fantasia.
Sopra vento que nem no meu deserto de lembranças passadas e é primavera por cá.



Sanzalando

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