Carrega sol sobre este corpinho cansado de saudade de cacimbo. Me mostra só como é que seria eu não tivesse abandonado a minha areia, o meu amarelinho deserto, as minhas ruas quadriculadas, os meus vizinhos que eram quase família, os meus amigos que mais não eram porção de mim. Dá-lhe sol e vais ver o meu corpo renascer das cinzas que nem a fenix tatuada numas costas a dar-me asas para sonhos mutantes na minha cama de saude. Dá sol na raiz dos meus parcos cabelos e vais ver-me fervilhar reviangas às amarguras dessa vida sedentária das noites de inverno.
Dá-me sol e encontramo-nos numa praia a falar com as ondas os kadandos da minha praia que fica do outro lado do zulmarinho.
Dá-me sol e não mujimbo que pare a minha verborreia saudosa de presente.
Sanzalando
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