Aqui estou sentado neste passeio, meio calcetado, meio esburacado, meio cimentado, meio feito ou meio por fazer. Chamo-lhe passeio porque assim me apetece, já que nele passeio as minhas ideias, as minhas palavras, os meus silêncios e onde umas vezes por outra pingo as minhas lágrimas. Ele é a minha sala sem paredes de colorido mutante. do cinzento ao berrante, cores cremes, cores de olhos chorosos, janelas de alma. Daqui posso chegar onde quero, travestir-me noutro corpo, maquilhar-me na cara de momento, ser pensante ou pedante. Desde aqui posso tocar o céu ou enterrar-me na areia. Posso ir onde quero, até fugir-me de mim.
Desde aqui posso percorrer pensamentos como quem salta de liana em liana, viajar sem bilhete e sem destino, poso ir e voltar ou só voltar mesmo sem ter ido.
Desde aqui posso imaginar e viver um mundo imaginário, viajar no tempo e dançar num compasso de caprichos.
Neste passeio onde me passeio posso viver, reviver e inventar.
Desde aqui posso caminhar descalço pelas tuas imagens, sentir o conforto do teu íntimo.
Desde aqui posso chorar-te pela distância quilométrica que estás de mim.
Desde aqui posso percorrer pensamentos como quem salta de liana em liana, viajar sem bilhete e sem destino, poso ir e voltar ou só voltar mesmo sem ter ido.
Desde aqui posso imaginar e viver um mundo imaginário, viajar no tempo e dançar num compasso de caprichos.
Neste passeio onde me passeio posso viver, reviver e inventar.
Desde aqui posso caminhar descalço pelas tuas imagens, sentir o conforto do teu íntimo.
Desde aqui posso chorar-te pela distância quilométrica que estás de mim.
Sanzalando
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