Me sento neste canto onde ninguém dá por mim. Silênciosamente escuto as conversas que se cruzam perdidamente nos espaços vazios. Ninguém dá por mim. Ouço alguém dizer que a casualidade não exite. Silenciosamente me rio num esquiço de gargalhada contida que me possa denunciar. Dou comigo a recordar um cem número de casualidades. Sempre a mesma estória. E ouço dizer que não existe? Será que é um sinal que eu não estou a interpretar como deve ser? Desalinho dessa linha de pensamento. Eu sei. Existe e afirmo categoricamente. Má sorte? Mau olhado? Bruxedo? Pura casualidade. Ou será que tudo tem explicação, motivo e eu é que estou enganado?
Afinal de contas tudo faz parte do meu sonho, uma estória como principio, meio e fim. Eu é que ainda não os consegui alinhar e acho começei-me do fim. Por casualidade, só pode.
O que vale é que neste meu canto ninguém me vê e não há quem testemunhe o meu sorriso no olhar. Fico-me por aqui na esperança que se calem e eu possa usufruir casualmente do meu silêncio.
Sanzalando
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