recomeça o futuro sem esquecer o passado

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18 de setembro de 2009

sonhar-te, eternamente enquanto não terminar

Aqui estou, sentado a saborear o luar duma tarde de lua cheia. Ainda nãoi percebi se foi a lua que ainda não anoiteceu ou se é que lhe é ainda madrugada. Mas tal como o passado, eu acho ela me veio visitar durante o dia assim de corpo inteiro a dar-me mais luz para além da do sol fazendo-me brilhar mesta prisão de paixão, sinal particular da minha existência.

Afinal de contas eu também sou um desconhecido para mim. Sonho-te, sonho-te e sempre sonhar-te que faz com que me esqueça de mim, o meu odor veio-me à memória como um perfume de passado, uma recordação dum sonho odorífico. A que cheiro? Ah! O teu eu sei à distância nesta distância que nos une. O meu nem imagino por mais que tente.

Sonho-te como leio um livro na mesa dum café e te imagino de perna cruzada, vestido de quente e colorido tropical e sorriso trocista, olhando-me com desdem. Memórias, tantas recordações que é preciso a cabeça dum deus para as ter na ponta da língua e deixar-me levar num equinócio levitado.

Sonhar-te, eternamente enquanto não terminar.



Sanzalando

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