Seria bem que mais fácil se a gente quando nasce tivesse com a gente um livro de instruções. Mas não. Dão-nos a chupeta e a gente que tenha paciência e cresça devagar tornando difícil a realização futura e a conjugação da imaginação com a realidade no depois.
Como é que eu um dia ia saber que tu ficarias assim tão zangada que nem me olhar me olhaste mais? Eu sei que foi por falta de livro de instruções que eu meti água num algures qualquer, que não dei valor aos valores que tu davas, que eu não amanheci os teus amanheceres e que xinguei a minha alma num xingar que até hoje ainda estou a ouvir o eco.
Mas a vida é assim, errar, aprender, acertar, vencer e ter esperança que um dia tu cresças e me desculpes com um olá e depois digas segue o teu caminho que eu segui o meu.
Mas a vida é assim e se tu continuas como eras nunca vais dizer nem um i nem o seu ponto para mim.
Mas, olha, recordei-te neste tempo e vi-te tal e qual eras, sem tirar nem pôr como se tivesse por aqui uma fotografia a preto e branco onde estivéssemos os dois.
Também penso em cada impossibilidade. Incurável a minha doença de imaginação.
Sanzalando
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