Me lembro as tuas estórias, me lembro o teu sorriso, me lembro o teu olhar e me lembro de te ver a jogar ténis nos sábados de manhã.
Não sei porque jogo assim as palavras. Hoje já não deves ser igual ao que eu me lembro, o teu olhar deve deitar fogo, as tuas palavras devem ser silêncios que ferem mais que o cavalo-marinho da minha infância e o teu sorriso já não deve ter o brilho de outrora.
Mas são assim as palavras, cruzadas no quadriculado da adolescência e do cabelo grisalho da maturidade.
Eras a flor de água, o motor do meu sorriso, a gargalhada da minha piada. Agora, deves ser a lança que espera um momento de distracção. Não, agora és a minha memória e eu a ti sou nada ou um pouco menos ainda que isso.
Palavras que jogo no tempo e caiem no teu colo. Queria eu... que já nem sabes que eu existo.
Talvez se eu colasse por aqui a minha foto, em tamanho grande, porque a visão já te deve faltar, poderias dizer, desde que eu não ouvisse, tenho uma vaga ideia dele. Mas mesmo assim, se bem te conheço, ficarias calada, estamparias no teu rosto a esfinge serena de poder dizer um não conheço convincente.
Jogo palavras ao ar com a esperança que alguma te caia no colo, um dia.
Sanzalando
Tão bonito,mas tão bonito que li e reli e fiquei a olhar para as palavras caindo no colo que as hão-de receber um dia...através da esperança de hoje.
ResponderEliminarParabéns poeta, gostei muito do texto.
Um Bom Ano de 2011,e tudo de bom.
Que Deus lhe dê visão para vir ver o sol se pôr no seu mar do sul...
Tenta sempre.
ResponderEliminarSJB
Obrigado.
ResponderEliminarTentarei sempre, quanto mais não seja escrever até aprender.