
Hoje não sei onde estou, se na realidade se na ficção porque não consigo apagar da memória o tanto que temos para construir, planos amarrotados, inclinados e quem sabe se talvez rabiscados em folhas de papel inexistentes.
Hoje dói só de pensar que nada projectado se tornou vida, que a saudade teve que ser reprimida, que os abraços tiveram que ser adiados.
Mais logo sorrio quando, antes de adormecer o meu pensamento for dirigido a ti.
Hoje dói porque não consigo preencher este espaço vazio que me assombra e que nem a lembrança do teu perfume faz apaziguar.
Mais logo sorrio quando me lembrar da tua sombra num dia de sol.
Se calhar doía se eu estivesse contigo, mas a certeza é que dói se não estou. Gritando ou em silencio, aos insultos ou aos beijos, abraçados ou empurrando eu só queria estar do teu lado, viver a tua vida e me deixar embalar na tua música.
Hoje dói ser fantasma de mim, ser personagem principal duma estória que não escrevi.
Logo sorrio quando lhe inventar um final feliz.
Sanzalando
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