Deitado na areia, aproveitando o sol de inverno, me deixo embalar em imagens de memória que imagino estejam do outro lado de lá da linha horizontalmente curva que vejo desde aqui.
É preciso fechar os olhos para ver algumas verdades.
Faz tempo que Janeiro, qualquer Janeiro, me fecha portas e me perco em encruzilhadas e labirintos imaginados da real vida.
Aproveitando o sol de inverno, deitado na areia, quebro-me, desfaço-me, deixo doer-me a alma e tento apagar este Janeiro de modo que não seja um igual a aos outros tantos que me lembro assim num sem esforço. Janeiro deve ser mês de dívida da vida porque sempre lhe pago caro, sufocantemente caro.
Janeiro, deitado numa ravina, não me fazia falta nenhuma hoje.
Sanzalando
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