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27 de janeiro de 2012

era feliz e não sabia

Os cabelos não têm mais o brilho do antigamente, nem a cor é mais a mesma.As imagens parece levaram uma camada de cacimbo na memória. É, custa mais lembrar os nomes dos putos da rua, que jogavam à bola, que brincavam aos cowboys, polícias e ladrões, garrafão ou trouxa lavada. Que altura tinha na altura? Isso era mais importante? Só queria ser mesmo era ser o maior, o melhor outras vezes o pior, dependia da circunstância.
Engraçado. Quando somos crianças, putos vadios de ar sério e respeitador,queremos tanto crescer. Um dia vou ter um carro. Vou comprar uma casa, pagar as contas sem ter que cravar na kota, sem ter que ter música na ponta da língua para cantar a canção do bandido. Nessa altura não sabia nem imaginava que existia essa coisa de chamada problema, esses sentimentos que fazem chorar, sofrer calado.
Agora estou a pedir mais o quê? Pedir que volte a ter mais a idade do fácil viver, do cair da bicicleta e esfolar os joelhos num não faz mal que vai curar e esquecer? Do tempo em que não faz mal se correu mal, do esconder atrás da esquina e espreitar ela vem ali. 
Tou a imaginar eu quero voltar ao tempo em se eu chrasse o mundo à minha volta ia fazer tudo para eu rir outra vez.
Sim, eu queria voltar ao tempo em que era feliz e não sabia.


Sanzalando

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