Deixo as imagens correrem no meu cérebro. Faz conta estou a fazer um filme de memórias. Lembro nomes, caras, situações e outras coisas tantas que podem ter acontecido ou não. Me lembro apenas e não releio as legendas. Na verdade estou preocupado porque posso acabar-me num instante e não ter vivido o tempo necessário para fazer todos os filmes que eu queria ver.
Fujo de tumultos, me embrulho nos silêncios que quero ouvir e me enrosco na solidão para ter uma imagens mais nítidas deste filme.
O teu sorriso me pareceu de Mona Lisa. A tua ausência se assemelha a uma madrugada de nevoeiro. O teu silêncio lembra-me simplesmente tu porque sempre foi esse o teu diálogo comigo.
E as imagens correm no meu cérebro como um filme que faço de memória, usando as ruas que percorri para te conhecer, as pessoas com quem falei e algumas com quem cresci.
Um dia, se tiver tempo porei as legendas para quando a memória falhar eu ir soletrando nome por nome num fim de dia em cada lugar.
Sanzalando
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