recomeça o futuro sem esquecer o passado

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28 de outubro de 2013

Hoje há festa na sanzala nosso Jota faz anos

Sanzalando

28 de Outubro de 1956 às 16:00 horas me disseram

Olha o tempo. 
Tempo, não o quente ou frio, mas o outro. Aquele que tem os seus segredos. Aquele que, dizem, resolve coisas como a saudade, a distância e a desilusão. Aquele que tem vários problemas, desde o não poder ser acumulado, o como resolve as coisas ou como as coisas se resolvem, o que tem quem lhe falta e quem tenha a mais. Aquele que só te dá uma instante.
Olha o tempo. 
Aquele que, por ser gasto, leva ao envelhecimento.
Aquele que, ao ser perdido, causa danos irrecuperáveis.
O tempo, essa fatalidade da pontualidade. 
Hoje não tenho tempo para ver o que o tempo faz!
Hoje dou tempo ao tempo.



Sanzalando

23 de outubro de 2013

Pequena pausa à pausa que tenho feito

Pequena pausa à pausa que tenho feito
Aos angolanos, aos portugueses, a todos os outros e fundamentalmente a mim:

O mal da minha geração, aquela que teima em não passar a ser a geração seguinte e ainda por cima se acha muito especial, pensa que de um jeito ou de outro dá para ser alguém, como se um gênio saísse detrás de cada lata chutada na rua. Esta coisa de acordar todo dia desejando levantar da cama com o pé direito esta-me a cansar.
É idiotice ficar à espera que a vida entre na época de ouro, quando essa época talvez já esteja em andamento e só nós não vêmos. Pode não ser tão dourada quanto sonhei, e nem sequer prateada e nem bronzeada pelo sol que tanto apanhei, quanto prometia ser, mas com talvez um pouco mais de berço, sorte, esperteza ou empenho... Só que uma vida bronzeada não é tão má assim, não é? Quero ser o número um? Então me apresso, porque a fila é quilométrica, e às vezes a inércia emperra.
Seja bem-vindo à Decepçolândia, país semi-tropical, onde tem gente que não está bem nem mal, antes pela dúvida, onde um sorriso é mais caro que uma lágrima, onde uma carícia é mais rara que um tabefe e onde o amanhã já passou e não parou na paragem de ontem.

Sanzalando

14 de outubro de 2013

Em Obras

Blog em desuso por isso entra em obras por uns tempitos.
Obrigado a todos os que se mantiveram por aqui nestes dez anos e aos outros também porque têm muito para ler no arquivo...
Até brevemente, um filme a reaparecer neste ecran, assim dê por concluída a obra de caridade que é deixar as pessoas em paz.


Sanzalando

13 de outubro de 2013

Palavreado solto (último episódio)

Pego em palavras e silêncios, construo um andaime, e entro em construção. Autoconstrução para que não caia em autodestruição.. Palavras fortes. Silêncios de ferro. Desenho seguro como se fosse construir uma daquelas torres que parece querem chegar primeiro ao céu. Robusta e ao mesmo tempo leve e segura. É assim que quero o meu andaime. Parei para autoconstruir-me, despido de pruridos, desagalhado de preconceitos e com um pequeno boné de memória.
Assim, com palavras desmontadas, declaro que vou sair em construção, de andaime, grua e quem sabe um balde cimento às costas para sepultar os sentimentos de culpa.
É para aí a nonagésica paragem. Mais uma de tantas muitas que possam vir assim regressem as palavras ordenadas num sorriso discreto, numa gargalhada ou num simples brilho de olhar.
É, vou deixar o resto para lá, sabendo que o que resta mais não é que um pouco de cinza do que fui. Vou juntar-me aos poucos, numa peça de um puzzle de 500 mil peças e reconstruido soletrarei palavras que possa ter outro sentido que não o sentido morto duma vida esgotada..
Sugiro revisão dos dez anos que leva com palavras este blog. Pode ser encontrem alguma coisa que valha a pena um reviver de olhos.
Até já, mais uma vez, vou só ali arrumar a minha cabeça e o meu coração, lá em cima do andaime de palavras e silêncios, e ver se encontro ainda algum perfume dentro de mim.
Se fosse fácil todos me diriam o que devo fazer para que os andaimes de palavras e silêncios não existissem. Afinal de contas viver è complicado.



Sanzalando

12 de outubro de 2013

Palavreado solto

Caiem palavras do céu num dia qualquer, numa tarde chuvosa de palavras. Era uma chuva diferente. O céu até nem que estava nublado, o dia não era cinzento e não se sentia humidade no ar. E as palavras caiam geladas como se as varresses dum quintal de recordações, como se as aproveitasses para regar as plantas com um regador gigante, como se as quisesses apagar da tua memória sacudindo como um cão se sacode quando se molha.
Caiem palavras do céu como se fossem uma idiotice, uma falta de vergonha na cara. Acho que está na hora de tomar uma atitude para além de abrir o chapéu de chuva e me resguardar num canto onde não se acumulem palavras escorridas.
Levei com algumas no corpo que parece diziam eras a pessoa ideal para mim. Não tinham rosto e eu fiquei na mesma. Num ápice levei com mais umas tantas. Arrepiei-me mas calei-me. Não quero magoar ninguém devolvendo palavras que caiem como chuva num dia quem nem nublado estava. Serei 0,01 % das palavras que ma caiem em cima e eu não vejo que o meu retrato esteja nelas ou elas representem quem as varre dum telheiro onde se acomodaram trazidas por um vento qualquer.
Caiem palavras do céu e eu não vou ao encontro dum desencontro marcado por um diálogo de uma pessoa só. Perdi as palavras que me dariam boleia, perdi o sorriso que me corria na veia.
Abri um guarda palavras e caminhei sem destino.



Sanzalando

11 de outubro de 2013

Palavreado solto

Para já começo por dizer em palavras de boca cheia que tenho o coração cheio de nada. É, se fosse pessimista eu ia dizer que tinha o coração vazio e lá vinha um mar de lágrimas por aí fora. Na verdade eu tenho, por opção, ou porque sou a isso obrigado, a ter um coração cheio de nada, os olhos fechados e a boca calada. Não quero ser morada de má fé nem guardar palavras impróprias para consumo, inclusive no estabelecimento prisional da memória.
As palavras saem do coração, filtradas na memória e escorridas na nostalgia. Algumas passam o crivo da dor e outras da alegria. São palavras que perco à boca cheia por mais que a mantenha calada.
Para continuar eu grito que os meus pulmões estão carregados de paletes de solidão pelo que são pouco mais que bolhas de enfisema, o que me cansa dizer palavras com mais que duas três silabas sem ter de parar para respirar.
Os meus rins são pouco mais que palavras incoerentes filtradas e perfumadas de ureia.
Os meus olhos estão carregados de meias palavras que são as costas de muitas pessoas que aos poucos me foram deixando.
Afinal de contas não passo dum baralho de palavras, se é que 70 por cento de mim é água, 29 de coisas que não sei para que servem e o que sei é isto.



Sanzalando

10 de outubro de 2013

estava agora

Sanzalando

Palavreado solto

Agarrei num livro de palavras e fui pondo-as em fila indiana. Assim num mais ou menos a querer queimar o tempo. Não tinha principio nem fim. Não tinha ordem alfabética nem de importância. Era mesmo só fazer um carreirinho de palavras. Desafortunadamente dou comigo a pensar no que seria o mundo sem mim e sem as minhas palavras. Descobri que ele continuaria a fazer o que faz e por estranho que possa parecer eu não estava a ver. Coisas simples a acontecer e eu sem estar lá para ver. O que me parecia impossível aconteceria. Sou descoberto que não estou presente. Todos os que me odiavam ou tinha medo de mim em vida estavam subitamente a aceitar que eu tinha existido, as minhas palavras apareceriam por aí num entre aspas e algumas tornam-se em lugares comuns. Formam-se clubes e se calhar até fazem um filme. Já sei que será suficientemente forte que até os deuses vomitam. Mas o pior de tudo é que eu não estava lá para ver.
O que faz a gente querer fazer um carreirinho de palavras.



Sanzalando

9 de outubro de 2013

Palavreado solto

Numa de palavra puxa palavra ainda dou comigo a pensar que podia ter dado certo entre a gente. Eu devia ter dito todas as coisas e não calado tantas palavras e tu devias ter dito as tuas coisas. Se eu tivesse atirado as palavras ao mar estava agora de cana de pesca a tentar apanhar uma a uma. Sem palavra eu desconsigo viver, desconsigo ser igual a mim e quem sabe me atrofio numa poça de silêncio que se evapora no calor do outono. As tuas palavras é certo eu já as teria esquecido, como sempre, aliás.
Palavra puxa palavra e eu calo-me com um nó na garganta por não conseguir dizer que sim ou não de forma clara que até os surdos podiam ouvir.
Palavra a palavra me sinto puxado a tentar a poesia onde tantas vezes falhei e falhando aqui se falha na vida.
Palavra a palavra pintei o meu mundo, joguei letra a letra a decorar a minha paisagem, a calcetar o meu caminho e a indicar o meu norte.
Palavra a palavra engoli o meu orgulho e me engasguei na minha teimosia até que na tristeza me consolei, me odiei com amor e ri com tantas olheiras dos choros que chorei.
Palavra puxa palavra que um dia falarei em silêncio para me ouvir melhor.


Sanzalando

8 de outubro de 2013

Palavreado solto

Eu gostava de ser uma pessoa assim sem muitas virgulas, reticências e pontos de exclamação e sem quase nenhum mas.
Gostava de ser só um coleccionador de sonhos, daqueles que não perde nenhum no caminho, que acredita nas estórias, que ri por tudo e quase nada. Eu gostava mesmo de usar as palavras soltas em versos de poesia rimada com ritmo de coração. Eu só gostava de gostar de ser como sou e sorrir quando o não sou.
Gostar, gostar, só de ti amor que não tenho.


Sanzalando

7 de outubro de 2013

Citando Charles Chaplin

A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade. Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?
— Charles Chaplin.




Sanzalando

6 de outubro de 2013

Palavreado solto

Admiro quem me faz esquecer o mundo e os seus problemas.
Me admiro pouco porque me faço lembrar constantemente essas coisas.
Admiro ainda mais quem crê no que lê das minhas palavras. Quase tudo o que por aqui vou soletrando, gaguejando, praguejando e outros andandos quaisquer são fruto da minha memória e pouco coincidentes com a minha vida real.
De facto não estou aqui a exorcizar os meus fantasmas, a satisfazer o meu ego ou a ludibriar mentes. Debito palavras que encontro na minha mente, umas vezes com sentido outras em sentido e poucas com sentido lato.
Estou aqui porque me apetece. Repito me apetece. Quando deixar de apetecer fui, não estarei mais aqui ou ali.
Porque isso não sai em papel e coisa e tal... porque não quero. Razões muitas mas que só a mim dizem respeito se eu pensar nelas.
Quero usar as palavras e uso-as. Tudo o resto é ficção. Minha ou de quem perde tempo a ler-me.
Por exemplo: um «dorme bem» pode ser uma expressão maravilhosa, depende apenas de quem vem. Pode ser um pesadelo também. 
Como todas as palavras que uso podem ser levadas aos extremos, até à unção.
Eu me pergunto se há alguém que pensa em mim quando não estão as palavras que disse à frente. Óbvio... miles dirão eu! e eu me esqueço que sou o primeiro a pensar em mim? 
Ninguém me apaga as palavras que já foram ditas, as ideias que já pintei ou os sonhos que cinematografei. Ficam as palavras, sempre de ficção, raramente com fricção e nunca com idealização de saírem numa resma de papel.
Até outras palavras, mais como então?


Sanzalando

5 de outubro de 2013

Palavreado solto

Perco tempo em busca de palavras pelo que tem dias esqueço de olhar os olhos das pessoas.
Tem gente que tem profundidade de olhar que até parece cabe ali o mundo e tem gente que o olhar nem alcança a transparência. Os olhos, acho, descrevem uma pessoa. Tem olhos que brilham parecem têm estrelas lá dentro. Têm magia, digo eu que tem vezes me esqueço de olhar nos olhos.
Tem olhos que choram, que mostram tristeza, que mostram solidão e que mostram que por eles se libertam ódios. Tem olhos que estão mortos. São tudo olhos que não interessam.
Há olhos que riem mesmo que chorem de riso. 
Será que os sentimentos todos estão ali por depois do olhar, por trás dos olhos?
Tem olhos são tão intensos que a gente até que sente curiosidade de saber mais deles. 
Tem olhos que guardam segredos e tem olhos que estão sozinhos, olhos de saudade.
Tem olhos que a gente vê que são dor de dúvida: esperar ou esquecer?
Tem olhos tantos, pena é eu procurar palavras e me esquecer de olhares. 



Sanzalando

4 de outubro de 2013

Palavreado solto


Toca no rádio uma música que me parece é romântica. Não entendo a letra mas a voz dela é doce e de certo não está zangada. Parece está um bocado triste. Mas não é muito e deve ser porque sabe que duma hora para outra o destino se modifica, as coisas ficam direitinhas, o passado é isso mesmo, mesmo que mal passado e as dores cicatrizam. Batem palmas, acho ela canta ao vivo ou então me ouviram pensar estas palavras que salteio por aqui. Na verdade outra começa e com atenção percebo que ela se apaixonou, que p que tem de ser é, o que tem de ficar fica, o que é verdadeiro sobrevive e o falso desaparece como se fosse nevoeiro em dia de sol.
Não tenho pressa. Quero ouvir mais essa garina cantar a sua voz doce. Com ela não guardo mágoas mas sabe-me a pouco só lhe conhecer assim de ouvir agora no rádio.
Mas aprendi a ser paciente e aos poucos comecei a ouvir apenas boa música. Ignoro o ruído, mesmo que o universo conspire contra mim.
Quem será essa garina que canta em voz doce em língua que não sei se não gaguejar no desgramaticalmente falado? Está a anos luz de mim, mas fica-me a esperança de um dia, num segundo, lhe saber o nome e lhe piscar o olho.
Na boa música escolho por vezes palavras que parecem migalhas de vidro que prefiro engolir e me cortar por dentro, do que deixar cá fora e magoar alguém. Na música danço a alma e transpiro a calma. 


Sanzalando

3 de outubro de 2013

Palavreado solto

Se eu tivesse tido coragem teria fechado os olhos por uns 20 segundos e tu terias passado e eu não te teria visto. Se não fossem as palavras caladas naquela fracção de segundo eu teria andado mais rápido ou quem sabe olhado para o lado e não te teria visto. 
Já sei que dá para ser feliz assim, mas não é fácil ou poderia ser de outra maneira. Tudo por causa duns segundos de nada.
Não te preocupes que eu estou bem. Tenho pena de não ter elogiado o teu cabelo, dizer-te que estás na mesma e outras palavras de circunstância. Mas calei as palavras e segui o meu rumo. Poderia ter-te roubado um beijo na cara, quem sabe olhar-te nos olhos e dizer-te qualquer outra coisa. Mas optei por perder esses 20 segundos apenas. Calei as palavras, andei mais rápido e o tempo passou e acabei por não te ver com olhos de quem queria ter visto. 
Mas acho ficou melhor assim



Sanzalando

2 de outubro de 2013

Palavreado solto

Atiradas palavras ao ar e descubro que só vivo num presente  que se converte em passado e este se afunda na morte. As consequências podem influenciar este presente uma vez que a vida passada já não está mais aqui. Devia ser-me indiferente esse passado, não só porque já não existe e se houve prazeres ou tristezas elas são tal como ele um passado. O presente foge-me das mãos e o futuro é incerto. Entendamos, que isto das palavras tem o seu quê de complicado. Andar mais não é que pôr um pé à frente do outro para evitar a queda de modo sequencial e continuo. O presente é a morte em suspensão, é a luta entre o tédio e o instante. É fatal que um dia a morte vença. Só ficou o passado, que é coisa que já não existe.
Puxa que as palavras são mesmo complicadas. Nós sabendo isto tudo, seguimos o curso da nossa existência e com um sorriso nos lábios, prometendo de cada vez que não iremos reclamar nem elogiar o presente. É, neste jogo de palavras, a vida é um jogo de cadeiras. Às vezes temos sorte e nos sentamos, outras vezes temos azar e não as apanhamos.
Cada dia que espera é um dia que não tem recuperação.
Jogo sujo de palavras, intrincado crochet de ideias e emaranhado jogo de tempos.




Sanzalando

1 de outubro de 2013

Palavreado solto

Palavra puxa palavra e dou comigo a ser puxado por uma dor que queria ser sentida. É, há dores que querem mesmo ser sentidas e parece se ofendem se tentamos não lhe dar importância e passam a ser eternas mesmo que durem, com intensidade, alguns segundos de cada vez, de vez em quando. São dores que não querem ser dores dentro de aspas, encurraladas entre parêntesis ou escondidas num recanto da memória.
A paixão é um estado de alma, passageiro, à qual se segue ou o amor ou a dor. Esta é uma das que quer ser sentida.
A decepção é outro estadio da vida que dói numa dor que quer ser sentida. Irritantemente presente nas alturas inconvenientes.
A frustração é um momento de dor com dor que quer doer mesmo.
A solidão é por si mesmo uma dor, não serve como dança nem para empatar tempo.
Palavra puxa palavra e cá vou eu embalado direito à poeira da memória procurando analgésicos para estas dores crónicas que fazem parte dos agoras da vida.
Lapso de tempo que aproveito para gritar: tirem-me daqui. Ponho gelo sobre os pensamentos e tento não pensar que é o fim do mundo, esta dor eterna que me atormenta a alma, por isto e por aquilo.
Riu-me. É música e é silêncio. Momento único de cada instante, intervalo entre estações, pausa entre dores. Não há drama nem tragédia nem comédia. Há dor surda, dor muda, dor silenciosa.
Palavra puxa palavra e me calo para fazer gelo no tempo e ver se a dor se consome.



Sanzalando