recomeça o futuro sem esquecer o passado

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2 de outubro de 2013

Palavreado solto

Atiradas palavras ao ar e descubro que só vivo num presente  que se converte em passado e este se afunda na morte. As consequências podem influenciar este presente uma vez que a vida passada já não está mais aqui. Devia ser-me indiferente esse passado, não só porque já não existe e se houve prazeres ou tristezas elas são tal como ele um passado. O presente foge-me das mãos e o futuro é incerto. Entendamos, que isto das palavras tem o seu quê de complicado. Andar mais não é que pôr um pé à frente do outro para evitar a queda de modo sequencial e continuo. O presente é a morte em suspensão, é a luta entre o tédio e o instante. É fatal que um dia a morte vença. Só ficou o passado, que é coisa que já não existe.
Puxa que as palavras são mesmo complicadas. Nós sabendo isto tudo, seguimos o curso da nossa existência e com um sorriso nos lábios, prometendo de cada vez que não iremos reclamar nem elogiar o presente. É, neste jogo de palavras, a vida é um jogo de cadeiras. Às vezes temos sorte e nos sentamos, outras vezes temos azar e não as apanhamos.
Cada dia que espera é um dia que não tem recuperação.
Jogo sujo de palavras, intrincado crochet de ideias e emaranhado jogo de tempos.




Sanzalando

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