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6 de outubro de 2013

Palavreado solto

Admiro quem me faz esquecer o mundo e os seus problemas.
Me admiro pouco porque me faço lembrar constantemente essas coisas.
Admiro ainda mais quem crê no que lê das minhas palavras. Quase tudo o que por aqui vou soletrando, gaguejando, praguejando e outros andandos quaisquer são fruto da minha memória e pouco coincidentes com a minha vida real.
De facto não estou aqui a exorcizar os meus fantasmas, a satisfazer o meu ego ou a ludibriar mentes. Debito palavras que encontro na minha mente, umas vezes com sentido outras em sentido e poucas com sentido lato.
Estou aqui porque me apetece. Repito me apetece. Quando deixar de apetecer fui, não estarei mais aqui ou ali.
Porque isso não sai em papel e coisa e tal... porque não quero. Razões muitas mas que só a mim dizem respeito se eu pensar nelas.
Quero usar as palavras e uso-as. Tudo o resto é ficção. Minha ou de quem perde tempo a ler-me.
Por exemplo: um «dorme bem» pode ser uma expressão maravilhosa, depende apenas de quem vem. Pode ser um pesadelo também. 
Como todas as palavras que uso podem ser levadas aos extremos, até à unção.
Eu me pergunto se há alguém que pensa em mim quando não estão as palavras que disse à frente. Óbvio... miles dirão eu! e eu me esqueço que sou o primeiro a pensar em mim? 
Ninguém me apaga as palavras que já foram ditas, as ideias que já pintei ou os sonhos que cinematografei. Ficam as palavras, sempre de ficção, raramente com fricção e nunca com idealização de saírem numa resma de papel.
Até outras palavras, mais como então?


Sanzalando

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