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23 de outubro de 2013

Pequena pausa à pausa que tenho feito

Pequena pausa à pausa que tenho feito
Aos angolanos, aos portugueses, a todos os outros e fundamentalmente a mim:

O mal da minha geração, aquela que teima em não passar a ser a geração seguinte e ainda por cima se acha muito especial, pensa que de um jeito ou de outro dá para ser alguém, como se um gênio saísse detrás de cada lata chutada na rua. Esta coisa de acordar todo dia desejando levantar da cama com o pé direito esta-me a cansar.
É idiotice ficar à espera que a vida entre na época de ouro, quando essa época talvez já esteja em andamento e só nós não vêmos. Pode não ser tão dourada quanto sonhei, e nem sequer prateada e nem bronzeada pelo sol que tanto apanhei, quanto prometia ser, mas com talvez um pouco mais de berço, sorte, esperteza ou empenho... Só que uma vida bronzeada não é tão má assim, não é? Quero ser o número um? Então me apresso, porque a fila é quilométrica, e às vezes a inércia emperra.
Seja bem-vindo à Decepçolândia, país semi-tropical, onde tem gente que não está bem nem mal, antes pela dúvida, onde um sorriso é mais caro que uma lágrima, onde uma carícia é mais rara que um tabefe e onde o amanhã já passou e não parou na paragem de ontem.

Sanzalando

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