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13 de janeiro de 2014

não despertei

Não despertei mesmo que tenha abandonado o meu ponto de vigia na costa dum gosto que apeteceu sonhar. 
Não sinto a boca dorida dos silêncios guardados assim como não me doem as costas do peso da consciência e não me rio das injustiças que não tive. 
Nesta vida de sonho sinto a curiosidade de evitar tragédias que fazem rir, lágrimas furtivas que caem por necessidade de controlo emocional. Sonho os sonhos que quero sonhar sem ter vencidos nem vencedores nem punhais expostos em mãos sem rosto.
Não despertei com o passar do tempo que passa sem que tenha tempo de me acordar. Ouço num suave tom de melancolia uma canção que ninguém cantou, um batuque que ninguém tocou porém segue-me a poeira da terra por onde alguém dançou.
Não desapertei deste sonho de amar.


Sanzalando

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