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18 de janeiro de 2014

noutra encarnação

Sopra vento parece é nortada mas vinda doutro lado qualquer. Passeio na praia como que a arrefecer os instintos fatais dum ser normal que se encontra rodeado de pressão por todos os lados que nem ilha com o mar. Mas passeio e deixo o pensamento vagabundar por entre pesadelos e sonhos, entre armadilhas e carícias.
Me despenteio em sorrisos marotos, canto eu tons cuja língua acho ninguém falou nunca. Só mesmo passatempo é diversão de descompressão.
Parei num intervalo de ondas e dei comigo a imaginar que um pouco de imaginação e de coragem nunca matou ninguém.
Olhei-te, mesmo não estando ao meu lado neste instante, e perguntei-te:
- Vamos tentar?
Acho quem respondeu foi o mar, uma onda caiu da sua altura com estrondo na areia e me pareceu dizia que me gosta de ouvir e que não era hora de fugir.
Continuei a caminhada e lá, vinda de onde o sol se põe, me apareceste e demos um abraço, que eu acho noutra encarnação eu era leitor de ondas de mar, pois tu logo me disseste que o melhor lugar para estar era dentro do meu abraço


Sanzalando

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