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31 de outubro de 2019

medronho fit

Olha só como faz tempo que o tempo não é mais como é que era.
Agora, pelo que vejo, está na moda fazer desporto. Eu que me sentava na falésia a ver o zulmarinho sou apelidado de retrogrado, preguiçoso, mole e os meus kilos a mais servem de risota. 
Então pois bem, juntei o útil ao agradável e me dediquei a um desporto novo, para mim, pois há quem se dedique a ele faz anos. O medronho fit. Esse mesmo que estão a pensar. Apanhar medronho num cerro. Sobe, desce, agacha, levanta, estica, encolhe, tropeça, escorrega e o medronheiro parece está a rir. Os maduros estão la no cimo parece é de propósito. 
Agora, quando ouvi o estrondo do cair da noite é que vi que rangia por todos os lados. Os elos todos do meu corpo doem parece foram torturados. Os cotovelos e tornozelos sinto-os e nem preciso vê-los.
Aqui sentado, neste agora mesmo, parece recordei os meus passados ou algum dos meus sonhos sonhados numa noite tropical qualquer. Eu fui à caça. Eu recordei parece foi hoje. Todos viam pegadas eu pisava caganitas. Eu confirmava que tinha passado por ali caça. Nunca vi o dono do que eu pisava. Com os medronhos quase parecia era igual. Os vermelhos, aqueles que me ensinaram era para apanhar estavam onde a minha destreza não permitia chegar.
Acho mesmo está na hora de voltar à minha meditação zulmarínica, que esta coisa do medronho fit dá-me cabo do canastro.


Sanzalando

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