23 de julho de 2024

salva-me a memória

Salva-me a memória, solta-se o passado e a minha vida continua. Tem vez que parece é irreal, me recordo tal e qual vivi. Tem outras que parece cacimbou em cima que a memória está nublada, turva. Desconsigo ver-me. Outras vez até assusta da nitidez. Como vou explicar? Deve ser do aquecimento global ou simplesmente da idade passada. 
Salva-me a memória que o presente é bom. Desembrulho-o e ele está aqui tal qual pensei um dia ia ter. Um presente que é o meu presente, o meu agora. Não preciso ir buscá-lo na memória. Mas ele daqui a pouco é passado e lá tenho que o guardar na memória. Vai ficar no lado cacimbado ou no lado do luar de verão?
Salva-me a memória.


Sanzalando

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