A Minha Sanzala

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17 de abril de 2024

imagina-me

Imagina-me um jogo de peças fragmentadas, um brinquedo para construir. Agarram em cada peça de mim e reconstrói-me ao teu gosto. Faças tudo o que te apetecer com as minhas fragmentadas peças mas não me peças para eu pensar que nem tu. A minha integridade está na mente e não nessas peças soltas que vais apanhando pelo caminho. 
Imagina-me uma foto a preto e branco e desfocada. É a minha antiguidade amarelecida pelo tempo, mas não sou eu que eu sou o pensamento que desconsegues apanhar por mais moderna que seja a tua máquina. 
Imagina-me um saco de vácuo e não conseguiras observar-me porque eu sou bem maior que o teu vazio do teu olhar. 
Para teu descanso, não me imagines, vive-me.


Sanzalando

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