Às vezes, altas horas da noite ou baixas horas da madrugada, quando o mundo dorme eu me encontro junto à minha almofada a fazer revisões de conversas passadas, de velhas estórias de vida e, o silêncio ensurdecedor da noite, é a companhia que o meu coração sente. Ao recordar mil pedaços de mim parece que sinto um odor a novo, um rejuvenescer de memórias, um escalar de novos sonhos cabeça acima.
Às vezes, quando o ruído do trânsito é intenso eu me perco no meu silêncio e me deixo ir para lá da recordação e chego ao sonho, aquele desejo que não foi satisfeito e uma lágrima se perde deixando um sabor a sal. Não é tristeza, é só a total incapacidade de poder fazer tudo direitinho como uma vez, mais que uma vez, tu exigias que eu fizesse e eu fugi até num hoje qualquer. Incapacidade. Não foi porque não tentei. Foi mesmo incapacidade de ser o perfeito.
Tu eras a perfeita, quanto mais não seja idiota, por me teres perdido.
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