Serenamente discuto-me. Ouço o zulmarinho enquanto tento ver-me desde o interior para fora, enquanto tento derrubar os muros que param os meus sonhos, as pedras que me tapam o horizonte e o meu eu que distorce a realidade.
Ouvindo o marulhar caminho por sonhos e razões, presentes, passados e futuros, lágrimas e sorrisos, recordações de cetezas e afogamentos das incertezas.
Sentido o perfume da maresia dilato-me em caprichos que me levam para além da realidade presente num plano nobre dum futuro mais que ansiado.
Saboreando a frescura do zulmarinho, boiando em universos de beleza desigual, balanceado em medos inexplicáveis, trapezista sem rede no balancear da dúvida, me deixo levar nas imagens que me recordo do intervalo do pestanejar, adolescência feliz gasta no tempo errado, portas abertas num escancarar de ventos e correntes de ar.
Discuto-me para me conhecer
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