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19 de agosto de 2009

uma carícia, a primeira

Fizeste-me uma carícia, foi a primeira que eu adivinho de muitas. Estremeci num misto de alegria e de dúvida, como quem não está habituado a mimos e só a azares. Dizem que as casualidades não existem e eu me rio porque me tenho alicerçado em coincidências, infelizmente sempre negativas para o meu lado, como se eu tivesse nascido do outro lado do lado certo. É um sinal. Não pode ser sempre o sinal menos. Daí a dúvida. Mas a alegria surge porque já vejo que o sinal está obliquo, não verdadeiramente horizontal. Tanta má sorte um dia se esgota. Já parece uma anedota de mau gosto mas insistente.

Mas a verdade é que cá canta a carícia. Mínima mas não deixa de a ser. É o principio duma estória recente que um dia vai ter um final feliz como as histórias do meu tempo de criança.

Assim me fico num sorriso de casualidade, numa mensagem de sentido quase positivo, num copo de água que me matou a sede por uns momentos. Assim fui o feliz protagonista da minha estória quase sempre cinzenta e que se vai clareando com o brilho dos olhos com que olho em frente.

Fizeste-me uma carícia, foi a primeira, e os meus olhos brilharam.


Sanzalando

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