Recordo-me daquele instante como se ele tivesse sido agora. Já o vivi tantas vezes de memória que basta clicar aqui num pay mental e ele se projecta que até parece um filme.
Naquela tarde em que chovia, como só chovia na minha terra, uma gota a cada 10 minutos ou coisa parecida e a gente ficava desolada com tamanha chuva, ela me olhou, sorriu e me disse olá. Era para mim porque ali só estava mesmo era só eu. Aceitei aquele olá como se ela o tivesse dito com todos os amores do mundo e sorri num engasgar de sons que tentavam dizer um olá de retribuição. Era de todo inesperado aquele momento que seria igual a tantos outros se não houvesse no ar o som estático dum olá que me foi dito.
Aquele lugar ficou marcado para sempre como o lugar do primeiro encontro. Pena mesmo é que a chuva não deixava ouvir uma música dum carro ou de outro lugar qualquer para eu dizer que a música tal era a nossa primeira música e ainda hoje eu lhe ia cantarolar.
Aquele instante ficou marcado. Era o primeiro encontro.
Aquele instante também ficaria marcado como o último.
julgava que eu era a última sonhadora deste planeta servindo isso de troça, no romantismo que teimo conservar.Sonhar é bom, mas é bem real e possível e afinal não estou só nisto... conheço pessoas com uma vida boa, sem altos nem baixos...descobrir pessoas, apenas pessoas com altos e baixos, sonhos e anseios, melancolias e alegrias, desertos, zulmarinhos, verdes planícies, é uma relíquia.Obrigada.
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