Vou a passo lento até a um qualquer café ou bar, onde me possa sentar à sombra, saborear mentalmente um cigarro, que assim não me faz mal nem me polui o ar à volta, ler umas páginas dum jornal recente ou antigo que as notícias faz tempo são iguais, beber uma ou outra cerveja gelada, degustando-a como se fosse a última e esperar que a barba se me cresça num grisalho aspecto vagabundo.
Já sei que me sentarei de perna cruzada, dispararei os olhos para além do alcance visual até conseguir ver as coisas que desejo num desejo quase pesadílico.
Já sei que quem me olhar vai ver o mar da tranquilidade reflectido na minha cara como que esboçado sorriso dum estar tudo bem para além dos sonhos.
De vez em quando regressarei ao meu físico poiso, olharei à volta e verei o temperado tempo que passou desde a última vez que me interessou ver o que me rodeava. Encontrarei os nobres, fidalgos de outras eras, os novos e velhos ricos, os pobres que o continuam sendo, as mulheres que tiveram os seu tempo e os homens que se esqueceram de ter tempo, as crianças barulhentas deixaram de brincar na rua que passou a ser imperturbável caminho para lado nenhum, o passeio leva ao passado gravado nas fotos trabalhadas dos novos retratos, os apaixonados seguirão as lágrimas como se fossem papagaios de papel, presos numa guita já não visível pelos meus cansados olhos.
tão... linddoooo....
ResponderEliminarnunca "desarisques", era assim não era?...
abraço!
http://paladinodaverdade.blogspot.com/
ResponderEliminarDo amigo de sempre...
:)
Abraço,
Olá caríssimo Dr.
ResponderEliminar:)
É só para te dizer que sou o amigo José Alberto Mostardinha de Aveiro.
Estás lembrado... rsrsrs
Abraço,
Voltei e fiquei satisfeito de ler, como sempre.
ResponderEliminarW