Sentia felicidade em pensar nela, imaginava o seu corpo sedoso ser percorrido pela minha mão, trentava trasportar-me para além do desejo, ultrapassar a fronteira da resistência do espirito e ter capacidade de lhe dizer tudo o que sentia por ela. Sentia-lhe o perfume, ouvia-a respirar e ainda não lhe via. Diziam-me era química. Todos os dias era química e todos dias viajava na imaginação a caminho da felicidade. Quantas e quantas vezes desejava ter ar para respirar, afogado que estava em tanta paixão. Platónica, claro. Tantas e tantas vezes a minha mente rebolava para instantes de loucura, actos imaginados de verdadeiro prazer.
Foram instantes que passaram na minha vida.
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