Caminho vagarosamente na areia da praia a remoer pensamentos, imaginar memórias, a reviver sonhos e a idealizar caminhos. É assim sempre antes de adormecer na vida com a intensidade que ela me merece, sentir a dor da saudade como que a provar-me que estou vivo, ouvir o música dum marulhar como que a levar-me para lembranças que não se apagam e a sentir a dor dum amor que doí remoendo.
Já sei que estás a pensar que eu vivo para sentir, que me desafio dum sério estado de ser para um ser estado sério de estar. Se sou assim vou fazer mais como para ser doutro modo? Se não for hoje vai ser noutro dia, porque quem te gosta que nem eu , mais tarde ou mais cedo vai estar que nem eu. E isso que importa?
Caminho vagarosamente com medo de gastar o tempo que se evapora em cada tempo que passa e desabotoa-me filmes vividos em sonhos sonhados.
Um dia, junto todas as ideias, todos os sonhos, todos os pensamentos e memórias, como se fossem pedaços de mim, e faço um álbum que atirarei ao ar a ver se um ar lhes dá e lhos leva para lá da minha imaginação horizontal.
Sanzalandói
Gostei tanto, poeta! Texto danado de bom para o meu fim de tarde.
ResponderEliminarVagarosamente
ResponderEliminarQue importa?
A saborear
a maresia
A sentir os sonhos
a evaporar
a idade a não perdoar
Sem tempo para te olhar
Quem sabe um dia
Vou repousar
No teu olhar
Um álbum feito em papagaio de papel....lindo.
ResponderEliminarSJB bué