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31 de maio de 2011

juntarei pedaços

Caminho vagarosamente na areia da praia a remoer pensamentos, imaginar memórias, a reviver sonhos e a idealizar caminhos. É assim sempre antes de adormecer na vida com a intensidade que ela me merece, sentir a dor da saudade como que a provar-me que estou vivo, ouvir o música dum marulhar como que a levar-me para lembranças que não se apagam e a sentir a dor dum amor que doí remoendo.
Já sei que estás a pensar que eu vivo para sentir, que me desafio dum sério estado de ser para um ser estado sério de estar. Se sou assim vou fazer mais como para ser doutro modo? Se não for hoje vai ser noutro dia, porque quem te gosta que nem eu , mais tarde ou mais cedo vai estar que nem eu. E isso que importa?
Caminho vagarosamente com medo de gastar o tempo que se evapora em cada tempo que passa e desabotoa-me filmes vividos em sonhos sonhados.
Um dia, junto todas as ideias, todos os sonhos, todos os pensamentos e memórias, como se fossem pedaços de mim, e faço um álbum que atirarei ao ar a ver se um ar lhes dá e lhos leva para lá da minha imaginação horizontal.



Sanzalandói

3 comentários:

  1. Gostei tanto, poeta! Texto danado de bom para o meu fim de tarde.

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  2. Vagarosamente
    Que importa?
    A saborear
    a maresia
    A sentir os sonhos
    a evaporar
    a idade a não perdoar
    Sem tempo para te olhar
    Quem sabe um dia
    Vou repousar
    No teu olhar

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  3. Um álbum feito em papagaio de papel....lindo.
    SJB bué

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