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25 de maio de 2011

meu abrigo

Me abrigo das gostas desse mar que bate nas rochas e quer fazer com que eu parece estive a chorar. Ele sabe que eu às vezes parece sou de ferro mas na verdade sou feito de carne o osso e também choro porque sofrer faz doer. Mas também quando passa é um sabor danado de bom que nem tem palavras que a gente encontra para dizer parece é uma fotografia.
Me abrigo mas não deixo de ver o mar, esse gigante azul que me liga até num outro lado parece até o meu cordão umbilical. Mas nem devagar vou mudando o foco do meu olhar, nem rápido vou mudando a velocidade dos meus pensamentos. Somente vou mudando a intensidade das minhas lágrimas e a largura do meu sorriso.
Me abrigo das gotas salgadas apenas porque não me quero ver gargalhar com a cara de idiota que um apaixonado pode fazer.
Eu continuo apaixonado


Sanzalando

2 comentários:

  1. Olho esse mar
    Devagar
    A marinar
    Não consigo
    Deixar de olhar
    A largura do meu sorriso
    é o espelho do meu coração
    Meu abrigo
    Meu cordão
    É mesmo paixão

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