Cacimba que nem deixa ver mais que um pouco. Acho deve ser mesmo o cacimbo e não a minha falta de vista. O mar me parece é azul, apesar de não ter o brilho de mar que podia ter se não fosse tempo de cacimbo.
Meus chinelos de pneu me arrefecem os pés e os meus calções de domingo me fazem tremer. É mesmo tempo de cacimbo para eu ainda teimar em pensar que o sol vai nascer como nasce quando não é tempo de cacimbo.
Meu cabelo parece está molhado acabado de lavar mas está só é molhado desse cacimbo que cai e não faz nem um barulho.
Tempo de cacimbo é assim e me faz ir para dentro de mim e conversar-me em conversas de pôr em dia assuntos pendentes de importância máxima, faz anos que é assim. No cacimbo a minha mãe tem frio e não me deixa nem sair de casa.
É cacimbo e eu me lembrei da minha mãe e por isso não vou sair de casa nem vou ver se o mar está azul cinzento pardo.
Sanzalando
SAUDADE, SAUDADE... eu sei, como sei! pai, mãe, pai, mãe, nós e nós.
ResponderEliminarSJB