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13 de maio de 2011

sentimentos ao vento de fim de dia

Me atiro para cima da areia e me pergunto o que é que eu faço agora. Mesmo antes de dizer um ai por me ter magoado na queda, porque a areia não é assim tão fofa como me parecia, eu já me arrependia da ousadia. Deitar na areia num fim de tarde de vento é o mesmo que estar à espera de fazer uma limpeza de pele pelo sistema abrasivo. Eu precisa era de limpar os meus sentimentos e não a minha estimada e suave pele. Confesso, eu preciso de mimos, chocolates e abraços, e aqui na areia da praia em fim de tarde eu não vou nem conseguir nem se quer imaginar. Custa imaginar quando o vento não está de feição. Já sei que são as coisas mais tolas que me encantam e as mais belas que me apaixonam. A queda na areia já não fofa duma praia ao fim da tarde deve ter-me toldado as ideias, modificado as palavras, baralhado as memórias.
Me levanto da areia da praia e paro de pensar em perguntas que gostaria de me fazer. É fim de tarde, é quase hora de imaginar o teu pôr de sol que em tempos eu não ligava nenhuma porque teria tempo mais tarde e agora é como é.
Venha vento abrasivo me limpar os sentimentos.


Sanzalando

2 comentários:

  1. Brilhante o seu texto. E deixa um sorriso para o fim de semana. Como é bom vir aqui ler o que eu chamo de Poesia em Grande.Em Bom! No dia que publicar um livro já vou poder lhe chamar de meu escritor preferido ( um entre poucos ).
    Kandandus de apoio nas quedas. Tombos, quedas, escorregadelas é mesmo comigo. Semana que não vou beijar o chão não é semana.:))

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  2. Para ti
    Vento de alento
    mimos de areia
    chocolates de sal
    abraços de sol
    No barlavento

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