recomeça o futuro sem esquecer o passado

Podcasts no Spotify

10 de maio de 2011

perdidamente

Translado o meu corpo inerte dum pensamento para outro. Divago num vagabundear de ideias como medo de me fixar numa. É assim a minha vida e por isso é que me dizem que o amor dói e se não doer não é amor. É assim que deixo a minha lucidez por aí num descampado assoreando baías, embelezando imagens, criando expectativas e desvirtuando realidades. Talvez seja esta minha escondida loucura que me dê coragem para fazer coisas que a minha seriedade não me permite nem imaginar.
Talvez eu nem seja um ser existente, pedaço de átomo que imagina que tem um corpo, esbelto, magro, ginasticado e ornamentado por farta cabeleira delirante a pensar que tem pensamentos reais a partir de sonhos virtuais.
Translado um corpo num pensamento inexistente com medo de pensar que um dia eu possa ser realidade sem te ter a meu lado como o corpo deseja e a mente desconsegue. Amor de verdade não acaba assim dum momento para outro por isso vagabundo-me por aí num perder-me sem fim.

Sanzalando

1 comentário:

  1. Perdidamente
    Divago
    A minha ansiedade
    A minha saudade
    desse corpo ginasticado
    Delirante a pensar
    O amor dói
    se não doer não é amor
    Coragem
    Nem quero imaginar
    perder-te assim
    Querer-te sem fim
    pedaço de átomo
    dói e muito
    Existente
    a doer e sem fim
    é o meu amor
    A vida é assim.

    ResponderEliminar