E o outono fugiu da primavera e virou verão. Essa pressão do tempo me faz ficar assim numa falta de jeito que já não sei o que faço nem o que devo dizer. Sentado a olhar a linha longínqua que parece recta me deixo levar por pensamentos que nem sei onde os fui buscar. Deve haver aí caixas deles escondidos no sotão que chamam de subconsciente. Depois, assim num tempo quente, levado pelo vento e nublado escondendo o sol que podia me levar a outras eras, descubro que o tempo, contado na memória, tudo passa. As músicas já não são as que eram ou re-ouvidas não são como imaginei que eram quando as ouvi faz tempo que já nem sei quando foi. Esqueci de perder as horas a navegar por memórias que não sei se foram assim pensadas e vividas ou só sonhadas.
Num tempo assim, nem sei como tudo começou. Esqueci o que prometi quando ainda era um borbulhento adolescente.
Afinal de contas o tempo pára quando a gente pensou que ele nunca parava
Sanzalando
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