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24 de junho de 2019

sol no coração

Olha só o zulmarinho reluzente até parece é espelho de água. Agora põe céu azul e termómetro acima dos 30. Virou verão real. Porém aqui não tem essa realidade.
Zulmarinho é azul que nem ele, o resto é ficção ou imaginação minha, tal é a saudade. Cinzentou o céu, ventou parece é turbina de avião, vento leste, digo eu que já não sei para onde estou virado. Tenho sol no coração e por isso é verão. Verão que falo verdade. Imagina uma fotografia tirada no verão... aquele instante não volta mais. Assim está o verão da minha meninice. Recordação que ficou. Não fosse o sol tatuado na minha alma e eu me esquecia dos tempos do pica-pica, dos vermelhos a se passear numa dor que imagino tal foi o escaldão. Imagino, que já não me lembro.
Com estes escritos feitos saudade pareço um terrorista de mim mesmo. Acho melhor esperar o sol verdadeiro para não ter de usar o da imaginação. O que vale é que para mim é sempre verão, dirão alguns.


Sanzalando

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