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12 de novembro de 2019

chega

Me deixo levar pelo frio e admiro o zulmarinho por baixo duma camada de roupa. Hoje ele se clareou e brilha parece leva com um sol que nem parece desta altura. Um ou outro barco lhe navega deixando uma ondulação que ondula em câmara lenta. Perdido no tempo vou deslizando os meus pensamentos por esta calma de maré tão cheia parece vai chegar ao meu pé. Lua cheia me dizem num sussurro que parece nem ouço, adivinho.
Chega de ansiedade, repito em tom de mantra, em termos de canção sem música. Este mundo não pode ser vivido em termos de comparação, de competição, de dúvidas e de depressão. Este mundo tem de dar a volta e se olhar nos olhos da alma e com este mar calmo deliciar-se num tom empático, de sorriso aberto e consciência tranquila numa viagem que começou no dia de nascer e termina o mais tardar possível.
Chega de inventar momentos tóxicos, frequências alternadas e comunicações interrompidas.
Chega de esquecer de mim e acreditar que a mudança não é uma empresa de transportes, é um mundo que precisa.


Sanzalando

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