Dou comigo a vagabundar pela cidade. Quando aqui é outono me dá uma vontade de ser criança...
Na papelaria Couto comprei uma BIC, na Livraria Mirabilis pedi ao sr. Kelen um caderno sem linhas e de capa vermelha para eu ir anotando os meus caminhos, não vá um dia mais tarde eu querer recordar. Faz conta são quadros pendurados ou apenasmente álbuns de viagem, num assim faz de conta são fotos de memória, nossas lembranças, para que tudo fique igualzinho quando a gente quer ver o passado de lá faz tempo. Faz conta eu não mexi em nada, só escrevia e descrevi a Papelaria Couto e a Livraria Mirabilis. Ai me lembrei de gente, filho de dono, filhos de donos, vizinhos, amigos, companheiros de adolescência. Depois comecei a lembrar mais velhos. E no meu caderninho sem linhas, escrito com caneta bic azul, lá está o nome, as namoradas e moradas. para quê? Só para mais tarde recordar como se faz quando se olha num álbum de fotografias ou nas fotografias penduradas na parede. O Moreira, o Couto, o Jorge, cambada de gente que está na minha cabeça. Juleco, Tito, José Pedro, Leopoldo, Travassos, outros nomes vieram à mesa da Oásis assim só num fantasma de memória. Bacharel, Reis, Zé da Fisga, Figueiras e a sebenta ainda não mudou de página.
Desligo. Vou vagabundear por esse quadriculado, passear na avenida e quem sabe, sorrir.
Ao vivo e a cores sem memória nem sebentas
Sanzalando
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