Cinzentamente o zulmarinho se transformou. Deve ser do frio que sinto, da névoa que se forma, do tempo de inverno que se instala. Acho é a corrente desse mar a me puxar para o fundo, cada vez com mais força. Eu quero fugir desse mar mas ele me puxa cada vez mais para ele. Irresistivelmente. Na verdade a minha força vem dele, do tempo que lhe medito, do caos que ele me organiza no seu marulhar de ondas quase nulas, no apagão de memórias que a maresia me provoca. Ele é essencial para a minha sobrevivência. Eu acho sem ele eu não respirava, eu não sentia o ar a me entrar nos pulmões e me mostrar o mundo na forma de gás.
Será que sem mim o zulmarinho existia? Não sei e não sei se quero saber. Eu lhe preciso meditar.
Sanzalando
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