E rebrilhou o sol que se reflecte no zulmarinho como se fosse brilho de prata. Aqui sentado, olhos postos dentro de mim, levito por pensamentos soltos como se corresse uma maratona de sonhos. Gosto de não ter medo de mostrar o que sinto, de revelar as minhas fraquezas e por a nú as minhas cicatrizes. Não pelo gosto, não pela compaixão do retorno, mas somente pelo poder de pôr tudo na palavra, de dar um sentido à frase, de dar uma alma à vida. Gosto de me complementar, de me manter por inteiro, desde a infância, em que calcorreei a minha cidade, até à idade madura que vagueio pela saudade e me revivo na imaginação.
Rebrilha o sol e eu me gosto demasiado de estar a olhar os reflexos de prata no zulmarinho.
Sanzalando
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