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9 de janeiro de 2020

por aí

Por aqui teima em não chover e noutros lugares chove, nuns água e noutros bombas. Nalguns lugares faz sol quente, aqui faz sol frio que arrefece a vontade de estar a olhar o zulmarinho por horas a fio. É que eu precisava dessas horas para me abraçar, para me envolver no meu pensamento e me acolher numa forma íntima de ser. Não me posso negligenciar de mim nem me deixar levar por ideias insossas ou mágoas salobras. Preciso olhar-me e sentir-me vivo na vida que escolhi, rever prioridades e se necessário dar a mão à contra-mão,
Os dias meditativos, os dias de chuva e os dias de sol quente fazem parte duma vida, da minha que quero viver com olhos de ver, ouvidos e sentidos apurados, porque se há rio que corre a vida é um desses.
Não me quero ver a ser levado por aí quando me apetece ficar aqui, nem ficar aqui se me apetecer ir por aí. 
Opto por usar cada segundo segundo a minha ideia, a minha opção ou o meu desejo.
Deslevo-me por aí à solta num cavalo de imaginação.


Sanzalando

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