E o cinzento predomina para lá da minha janela. Chuvisca, faz frio e presumo que o mar deve estar bravo. Eu estou. Fruto do tempo, diria a minha avozinha desde o alto da sua sabedoria. Assim, bravamente e iradamente, vou matutando ideias e pensamentos com medo de sufocar em palavras mal ditas. Amar em grande é absorver reservas de energia e a usar até gastar, é voar mesmo sabendo que tem vertigens, é ter fome depois de comer e sentir um enjoo farto.
este tempo dá-me um desespero aconchegante que me transporta para o interior zangado de mim e sentir saudades dos tempos quentes da adolescência, do colorido da inocência e da gargalhada sonoro num filme de terror.
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